domingo, 19 de setembro de 2010

Qual é o Problema?

Depois de alguns dias sem postar me resta pedir-lhes desculpas, caros leitores. Não tenho nenhuma justificativa para tal fato, mas enfim.
Primeiramente quero dar as boas vindas para a mais nova colaboradora Andressa, e avisar-lhes que em breve teremos mais um integrante...

Bom, depois de muito escrever sobre um outro assunto, mudei de ideia e resolvi escrever sobre esse, que vocês logo virão. Tentem não ser tão instáveis, isso faz agente perder muito tempo!

Ahn...pra começar...você ouve Backstreet Boys? N'Sync? Ah, ja sei, você está pensando essa menina só pode estar me gozando né...pois lhe digo: Não, não estou!
Eu ouço Backstreet Boys, E-U O-U-Ç-O, idaí? Ah, é brega? É meloso? Sim, mas idaí? Pense em um argumento mais sólido para me convencer que eu não deveria ouvir isso. As letras são fúteis? Inúteis? Que tal revermos o conceito desses adjetivos? Não, não vamos. O que eu quero pôr em discussão é: idaí se eu ouço isso, ou aquilo, idaí se é uma droga, um lixo, uma perda de tempo, idaí. O que eu tenho a dizer é que pelo seu prisma talvez essa visão não esteja equivocada. Mas quem está ouvindo? Hein?
Não gente, não estou revoltada com os críticos de plantão, até por que se fosse isso eu me incluiria. Me estresso muito com quem ouve...bom, deixa quieto. O que eu quero é pedir que paremos de julgar e rotular os gostos de outra pessoa tomando as nossas prefêrencias como base. E não me refiro só a música, mas a tudo. Ja parou para pensar que pessoas como você que só servem para encontrar defeitos nas coisas existem em maior número do que a galera restart! É, pois é.
Pessoal vamos valorizar a diversidade, que se exploda a elite junto a Elis Regina e mais os metaleiros. Vão tentar achar explicação do por quê a música de vocês não é badalada. Dica: alguns livros de sociologia explicam.
Enfim, não quero defender nenhum gênero musical nem apredrejar outros, até por que os mencionados aqui estão no meu media player. A única coisa que defendo até o fim são as diferenças entre as coisas...E que sejam respeitadas enquanto durem!


Em breve mais posts sobre esse tema.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

E agora José????

Puxa, meu primeiro post. Nossa que emoção!! (acho que vou chorar...kkkk)
Depois de meses cogitando a ideia de fazer esse blog, finalmente a meta se cumpriu.
Bom, depois das resenhas intermináveis sobre Marcelo Rubens PAIVA, e crises de existencialismo,(brincadeirinha Hérica) eu finalmente entro em cena pra tentar salvar ou piorar (acho que é a segunda opção) as coisas.
E acredito que nada melhor do que começar me apresentando. Apaixonada por livros, música e gastronomia, pretendo escrever com irreverência (ou pelo menos tentar) sobre os mais diversos assuntos, sempre com uma pitada de bom humor e senso crítico, afinal é isso que o mundo, principalmente os jovens, andam precisando. Mas isso é assunto para posts futuros. Como eu estava dizendo, pretendo escrever sobre os mais variados temas. Então não se assustem se um dia eu comentar sobre política ou música, e no outro eu falar sobre a mais nova receita que eu fiz. =D
Então é isso, espero que vocês gostem dos posts futuros (se é que alguém vai ler isso aqui, né). E pra começar, vou deixar um breve poema do magnífico Vinicius de Moraes, principalmente para as minhas queridas amigas, não vou ficar citando muitos nomes porque se não vira “melô”, mas você sabe Hérica que é pra você também, então não chore.
Até a próxima...
(ahhhh, e comentem!!!!)

Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
Vinicius de Moraes

O que uma simples expressão faz com um espírito perturbado, hein!

Olá caros leitores, cá estou mais uma vez a postar.
Hoje parti para um gênero um pouco diferente do que costumo escrever. Mas enfim, a sorte está lançada!!

Neurose?

- Procurem internalizar que não existe certo ou errado tratando-se de línguas. Não é errado uma pessoa falar "nóis fui", uma vez que dentro da língua portuguesa existem variantes que se adequam a determinadas situações, lugares, etc. O que se ensina na escola e se exige em textos acadêmicos é a escrita de acordo com a variante padrão...
Até este ponto a aula estava correndo bem, mas as duas últimas palavras soou como um palavrão aos ouvidos daquelas duas garotas que não acreditavam no que estavam ouvindo. Para evitar conflitos, suportaram quietas a dor do momento. Depois dos interminaveis 15 minutos a ideia de fazer o intervalo era algo comparável a sensação de liberdade de um ex-presidiário após 60 anos de clausura. 
- Eu ouvi mesmo o que eu ouvi?
-Sim, eu também ouvi.
-Achei que estivesse ficando louca. Bom, seria melhor do que saber que a professora falou mesmo variante padrão.
-Concordo, mil vez a loucura que saber que esse termo foi criado e ainda por cima aceito nos meios acadêmicos, como assim?!
O mais cômico é o fato de elas estarem tão perturbadas com uma coisa que muitos nem lembravam mais.
-Mas...é tão óbvio que não tenho coragem nem de falar...é...
-É claro que se é variante não é padrão, variante é variante, padrão é padrão, e padrão não é variante nem variante é padrão. É a mesma coisa que falar: Ah! Minha igreja é aquela filial matriz. É ridículo.
-Aaaaaaaaaah não! Agente tem que dar um jeito nessa parafernália toda. Eu só queria saber quem, quem é o autor desse termo. Eu estou...indignada!
-Deixa eu pegar o dicionário...Variante...variante é um adjetivo, claro, que varia, difere, enfim. Agora padrão...espera...padrão, é o mesmo que o modelo, enfim, ta. Ou seja, é tudo que agente falou, mas vamos tentar montar um argumento mais técnico...Assim: se uma variante é aquilo que varia de algo, logo esse algo só pode ser o modelo o qual ela se variou. Então esse modelo é único, ele é o cara, dele parte todas as outras formas. Assim ele não pode ser variante, porque ele é modelo, isso é tão... Por exemplo, sei lá, a variante informal, sim ela é uma variante, por que informal opõe-se a formal, portanto o termo variante e o termo informal podem ser usados juntos. Mas variante é o oposto de padrão, e eles não podem ser usados juntos, é um atentado paradoxal!
-Pronto, tomei nota de tudo! Agente apresenta agora pra professora ou espera pra comprovar na nossa tese?
E a vida continua...

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Crise de Existencialismo...eu acho engraçado!

Hoje resolvi dar um tempo pro Marcelo, não quero que ele pense que sou grudenta.
Estou postando um poema que fiz durante uma crise de existencialismo numa aula da faculdade, elas são frequentes, e eu acho isso engraçado. Cômico, não?!
Bom, gosto mais de críticas, mas quero ser uma escritora versátil. Por sinal intitulei este tipo de texto escrito em versos - moralzinha com o professor de Teoria Literária - de Crise de Existencialismo. Pensando melhor agora acho que deveria mesmo se chamar Crise de Criatividade.
Bom, não importa agora, vai lá...

Não sinto mais a mim.
Ou me sinto demais.
Talvez, seja esse o problema...
Ouvir.
Refletir.
Pensar.
Decidir.
Começar.
Finalmente começar...!
Querer...
Voltar!
Que tédio crônico.
Cronicamente irritante.
Vai ver o universo seja grande demais.
E a vida só uma consequência do acaso.


Bom, é isso. Não classifiquem meu poema, ja basta ser poema.


Até gente.



domingo, 5 de setembro de 2010

Ainda ele...

Então ilustríssimos visitantes, neste post venho-lhes deliciá-los com a indicação de mais uma obra dele, sim é ele, o Marcelo, minha paixão nada secreta. 
Post anterior tratei de apresentar uma breve resenha sobre Feliz Ano Velho, das obras de Paiva a minha preferida - levando em consideração que AINDA não li todas. Neste presente post a vez é de Blecaute, livro classificado, em uma das fontes às quais tive acesso, como romance apocalíptico, apocalíptico com certeza!
Pra começar vou situá-los do que se trata a obra. São 3 jovens, Rindu, Martina e Mauro, que têm a tão comum ideia de explorar uma caverna. Presos nela durante 3 dias, quando saem encontram a cidade de São Paulo como posso dizer...como se todo mundo estivesse brincando de estátua: as pessoas viraram uma espécie de borracha, nem vivos, nem mortos, nem dormindo, apenas borrachas. Absolutamente todas as pessoas estão assim, menos eles. Então, começam a imaginar  hipóteses para o que causou tal fenômeno, chegam a cogitar a Bomba de Neutrôns. Mas os dias vão se passando e nenhuma resposta é encontrada, em compensação a cidade, e mais tarde o mundo, está a disposição deles. Sem regras, simplesmente sem regras. A história decorre assim, aproveitando o tempo com tudo o que há, paradoxalmente com o tédio de não ter nada pra fazer. 
Tenho que confessar que esse livro mexeu muito com meu imaginário. Imagine você e mais dois amigos numa cidade onde não há mais ninguém além de vocês, não pelo menos "vivo". E vocês podem fazer tudo, tudo. As lojas, os shoppins, os lugares, enfim, tudo está lá, sem donos, sem leis, sem regras, é tudo seu. Vocês podem fazer o que quiser. Agora, imagine que a civilização tenha que ser construída novamente e VOCÊS são os responsáveis por isso, afinal, vocês são os único humanos "vivos", droga, eu não tenho como definir o que vocês são diante de pessoas borrachas, mas enfim.
Ainda tenho dificuldade até para falar sobre esse livro, é tão surreal e ao mesmo tempo perturbador. Marcelo diz: "Na verdade é um livro sobre apocalípse e falta de vida, não apenas falta de luz elétrica." Sim, eu confirmo, é mais que um simples Blecaute!

Bom, a indicação está feita, me desculpem se não pude ser tão clara, mas se vocês estão curiosos então está valendo!
Leiam e tirem suas próprias conclusões.
Até mais, leitores.

sábado, 4 de setembro de 2010

Feliz Ano Velho...ja indiquei muito!


Marcelo Rubens Paiva é, sem sombra de dúvidas, o meu escritor de romances preferido. Digo romance sem a intenção de rotular suas obras com essas classificações que o mundo da literatura nos impôs. Talvez seja melhor chamá-las de prosa, desculpa Marcelo. Enfim, minha preferência por esse escritor deve-se a irreverente linguagem utilizada, com palavrões e tudo o que realmente falamos no cotidiano. Especialmente em Feliz Ano Velho, o livro que me apresentou esse homem, que se morasse um pouco mais perto de mim, juro que casava. Mas não é só a linguagem que me envolveu nessa obra, mas também o tema, se é que posso chamá-lo assim, e a maneira como ele é abordado.

Paiva conta como ficou tetraplégico, desde o momento em que teve a infeliz ideia de mergulhar em um rio desconhecido. Toda o drama que se segue após esse episódio é retratado detalhadamente, porém com o sarcasmo perante a vida que só ele tem. É incrivelmente envolvente! Classidicado como biografia em muitas livrarias - mais uma vez essas classificações que nos dão dor de cabeça, né Marcelo -, a obra também conta trechos da vida do escritor além do acidente, como a triste perda do pai pela ditadura, e também alguns casos amorosos minuciosamente relatados. Bem abertamente, do jeito que tem que ser! Bom, o livro, como muitos, está disponível em diferentes edições, deixando aqui bem claro que o texto não se altera - só para evitar conflitos.

E deixo aqui para vocês, mais uma vez, a minha indicação para esse livro. Leiam e adquiram um amor platônico assim como aconteceu comigo.

Até a próxima...